Pré-Historia
Período Paleolítico
Conhecido como o mais extenso período da história humana, o Período Paleolítico abrange uma datação bastante variada que vai de 2,7 milhões de anos até 10.000 a.C. Desprovido de técnicas muito sofisticadas, os grupos humanos dessa época desenvolviam hábitos e técnicas que facilitavam sua sobrevivência em meio às hostilidades impostas pela natureza.
Nesse período, as baixas temperaturas da Terra obrigavam o homem do Paleolítico a viver sob a proteção das cavernas. Uma das mais importantes descobertas dessa época foi o fogo. Com esse poderoso instrumento, os homens pré-históricos alcançaram melhores condições de sobrevivência mediante as severas condições climáticas. Além disso, o domínio do fogo modificou os hábitos alimentares humanos, com a introdução da caça e vegetais cozidos.
Sem contar com técnicas de produção agrícola, o homem vivia deslocando-se por diversos territórios. Praticantes do nomadismo, os grupos paleolíticos utilizavam dos recursos naturais à sua volta. Depois de consumi-los, migravam para regiões que apresentavam maior disponibilidade de frutas, caça e pesca. Para fabricar suas armas e utensílios, os homens faziam uso de osso, madeira, marfim e pedra. Em razão dessas características da cultura material do período, também costumamos chamar o Paleolítico de Período da Pedra Lascada.
Bibliografia
Neolítico
No começo da humanidade caçar e coletar alimentos eram, em grande medida, as tarefas de subsistência. Em algum momento, entretanto, isso mudou, e segundo Bocquet-Appel e Bar-Yosef, há uma revolução que marca o chamado período Neolítico (ou Idade da Pedra Polida) : os caçadores e coletores abandonam essas tarefas e começam a cultivar plantas e animais.
Esta mudança na forma de obtenção de alimentos foi essencial para o aumento da complexidade social e aumento populacional marcantes da espécie humana. Duas grandes mudanças ocorreram com a prática do cultivo de alimentos, a saber, a mudança do estilo de vida dos coletores e caçadores, antes nômades, para sedentários ou semi-sedentários, e o impacto que essa nova forma de vida teve na fertilidade tanto masculina quanto feminina.
A maior certeza na aquisição de alimento modifica grandemente decisões de organização social, como número máximo dos grupos sociais e reprodução, complexidade linguística dos grupos, dentre outros. Essa expansão chegou, em alguns casos, a níveis continentais. Colin Renfrew e Peter Bellwood criaram, para descrever esse acontecimento, o termo “Hipótese da dispersão de cultivo/linguagem”.
Torna-se interessante ressaltar, entretanto, que o cultivo de plantas e animais não excluiu a caça e coleta de recursos. A arqueologia mais recente, segundo Julian Thomas, já rejeitou a ideia de uma ruptura tecnológica, e hoje vê como um cenário mais correto a coexistência destas práticas. Outra ideia errônea que o autor procura esclarecer é que nem todas as culturas que viveram durante o período neolítico produziam sua própria comida, e isso não as impediu de desenvolver complexidade social, dado que conhecemos exemplos de culturas que, sem desenvolvimento prévio de qualquer forma de agricultura, produziram monumentos de grande complexidade.
Além disso, os próprios meios de desenvolvimento das habilidades de produção de alimentos variaram grandemente a depender da região. Nos sítios em Zagros, como Ali Kosh e Jarmo, por exemplo, parece ter havido uma grande dependência na obtenção de alimento pela domesticação de animais, além de estruturas arquitetônicas rudimentares; Já em Levant, porém, os primeiros indícios de construções de edifícios, cultivo de legumes e produção de objetos ritualísticos todos precederam às técnicas de cultivo de animais para fins de subsistência.
O período Neolítico, portanto, apesar de grandemente marcado pelo começo da indústria agropecuária, não ocorreu de forma uniforme no mundo, com diversas culturas desenvolvendo diferentes tipos de técnicas, algumas com maior desenvolvimento na produção de grãos e legumes, outras na domesticação de animais, e há casos em que não se percebe nenhum desenvolvimento deste tipo, mantendo-se a caça e coleta de alimentos.
Bibliografia
Idade dos Metais
Esse período foi
marcado pelo fim da Idade da Pedra, ou seja, quando surgiram as primeiras
civilizações da Mesopotâmia e do Egito Antigo. Era caracterizada por:
·
O início da
metalurgia, com ocorrência da fundição de metais no período;
·
Com o comércio de
excedentes, ocorre o desenvolvimento de uma complexa economia;
·
Aumento da
propriedade privada;
·
Surgem as classes sociais;
·
Os bens de
produção tornam-se propriedades coletivas;
·
Formação do Estado
Imperial, caracterizando o período como a época de grandes impérios;
·
Utilização da
escrita pelo homem, por volta de 4000 a.C.
A produção de
instrumentos resistentes como enxadas, panelas, vasos, martelos e outros foi
propícia do desenvolvimento da metalurgia.
Ao ultrapassar e
marcar o fim da Pré-História, a Idade dos Metais se prolongou pelos tempos
históricos, se dividindo em três fases:
Fase
do Cobre
Como o próprio
nome diz, esse foi o primeiro metal a ser trabalhado pelo homem. Logo depois
veio o ouro; ambos eram metais pouco duros, não necessitando de uma temperatura
muito alta para sua fundição. Os instrumentos de pedra passaram a ser abandonados,
gradativamente, substituídos pelos de metal.
Fase
do Bronze
Misturado ao
estanho, o cobre deu origem ao bronze que, por ser mais duro que o outro, foi
empregado na confecção de armas, como lanças e espadas. Essa fase ocorreu nas
primeiras cidades do Neolítico, tendo, como consequência, a diversificação da
divisão do trabalho.
A divisão do
trabalho era conceituada como tarefas repartidas entre os membros de uma
comunidade ou de uma empresa, vista de um ângulo atual. Seu surgimento foi
justificado pela observação de que nem todos da sociedade precisavam ficar
presos à terra.
As transformações
essenciais e a maior movimentação dos povos ocorreram nessa fase. O aumento da
produção agrícola e guerreira foi decorrente da difusão das técnicas para
trabalhar o ferro, em sociedades mais organizadas. Vários instrumentos foram
desenvolvidos por esses setores.
O comércio também
se tornou mais forte e variado, incentivado pelo aparecimento de rotas
terrestres e marítimas de maior alcance.
Um
fato importantíssimo foi o surgimento da escrita, dando o homem um novo passo
para a evolução. A partir daí, os historiadores situam o nascimento da
história.
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